sexta-feira, abril 18, 2008

Libertar o peixe grande

Amigos,

Depois de ter dito alguma coisa sobre a questão imprescindivel de libertar sempre o peixe pequeno, aqueles que não chegam à medida miníma imposta pela lei (36 cm) ou mesmo os que ficam na franja dos 42 cm, gostaria de voltar ao tema mas agora para falar da libertação dos peixes grandes.
Mais uma vez entendo que não devemos cair em fundamentalismos de libertar tudo ou levar tudo para casa. Acredito, cada vez mais, que será a própria evolução do pescador de spinning que nos irá levar a uma situação em que iremos assistir à libertação dos exemplares maiores.
A divulgação é um bom contributo para essa situação. Se é certo que ao divulgarmos podemos contribuir de alguma forma para dar conhecimentos ou instrumentos a quem não tem escrupulos também não é menos verdade que ao ensinarmos podemos fazê-lo transmitindo as ideias da preservação e da libertação.
Acredito que mesmo que lentamente essas ideias irão vingar. Não são necessários fundamentalismos. É apenas necessário bom senso. Se apanhamos uns peixes bons se calhar podemos optar por não levar alguns e devolver à agua. Agora também acredito que não é a meia dúzia de peixes que apanhamos numa sessão (muitas vezes que acontece apenas uma vez ou duas num ano) que irão levar ao fim dos robalos.
Para todos nós que sonhamos com aquele peixe grande, com aquele robalo da nossa vida será complicado apanhar um e libertar. É perfeitamente compreensível querer levar o peixe. Mas provavelmente passado esse ponto os próximos poderão ser libertados e substituídos por uma foto que marque essa captura. Acredito que muitos do que visitam este blog o irão fazer um dia. Sem fundamentalismos e no que puder irei tentar contribuir para isso.
Abraço e bons robalos,

segunda-feira, abril 07, 2008

Soltar o peixe pequeno

Caros amigos da pesca,

Hoje apetece-me falar um pouco da questão da libertação ou não dos peixes que capturamos acima da medida mínima imposta por lei, porque como é evidente, abaixo dos 36cm a possibilidade de ficar com o peixe nem se coloca para mim ou para quem entende a pesca como eu.

Quero começar por dizer que considero que cada um deve agir de acordo com a sua própria consciência. Ninguêm deve dar lições de moral a quem quer que seja. Eu pelo menos não o pretendo dar.

Idealmente a melhor forma de preservar o robalo era pescar sem morte, libertando todos os exemplares que pescamos. Todavia não vivemos num mundo ideal nem precisamos de cair em determinados excessos. Como tudo na vida deve haver um equilíbrio e uma ponderação entre aquilo que pescamos e o que levamos para casa.

Como iremos dizer a um companheiro de pesca que deve deitar novamente à agua um robalo de 42 cm que, para quem está habituado a apanhar peixe, até pode ser um bicho pequeno, quando para ele esse pode ser um bom trofeu? Será que a sobrevivência da espécie depende dessa libertação? Sinceramente penso que não. A sobrevivência do robalo nos anos vindouros depende muito mais do aumento da fiscalização e do fim das actividades de "rapa" que se continuam a fazer quer da costa quer a partir de embarcações costeiras.

Cada um de nós tem a responsabilidade de tentar preservar aquilo que pescamos e penso que a comunidade de spinning em Portugal tem vindo a evoluir cada vez mais e melhor nesse capítulo. Cada vez mais temos pescadores a libertar peixe mesmo debaixo das criticas alheias de que o peixe deve todo ir para o saco. E conheço muitos amigos que são excelentes exemplos desta nova postura perante a pesca. É necessário uma grande pedagogia e um esforço. É necessária uma enorme mudança de atitude em Portugal. É preciso entender o valor que tem a pesca lúdica e defende-la.

A todos aqueles que pensam como eu e libertam o peixe um abraço e um obrigado.

Pesca lúdica reconhecida pela UE

No passado dia 15 de maio o Comité das Pescas do Parlamento Europeu adoptou uma resolução convidando a Comissão Europeia a avaliar o papel ...