sábado, junho 27, 2009

Deduções, Experiências e Resultados

Hoje de manhã, bem cedo já estava na água a bordo do White Shark, um semi-rígido com 4 metros do meu amigo Francisco Pavia.
Tínhamos como objectivo aproveitar a preia mar de grande amplitude para testar pela primeira vez uma série de pesqueiros, desde ostreiros e cabeços de areia, e estruturas artificiais.
Rumámos em direcção ao Seixal, para bater uma série de paredões que ladeiam a baía natural daquela zona, sabendo de antemão que seriam sítios profundos.

Chegados ao primeiro pesqueiro, uma zona de paredão completamente à vertical, com um fundo na ordem dos 6 metros, começamos a lançar as amostras.
Eu apostei num vinil grande e num cabeçote com uma onça, para tentar as corvinas e aguentar a forte corrente que se fazia sentir.

Cerca de dez minutos depois tive o primeiro ataque.
Movimento de ferragem instintivo e o peixe tinha ficado ferrado.

E começou a luta....Aquela luta distinta dos robalos. Poucas cabeçadas e muitas corridas, com força, muita, muita força.

A nível de material usei mais uma vez a soberba Bass Pro Shops Bionic 6'6'' MH e o Shimano Twinpower 4000 FB com Power Pro 10 libras (amarelo) + baixo de fluocarbono Seaguar AbrazX 15 libras.

A luta foi-se prolongando, por várias vezes tive que controlar o drag com a mão, pressionando a bobine, pois o peixe por várias vezes que tentou ir a uma zona pedras.
Cada vez que o peixe se sentia junto do barco mandava uma corrida complemente alucinante.
Finalmente, após já ter visto o nó entre o leader e o multi por umas quatro vezes fora de água (sinal que o peixe está a aproximar-se da superfície), ela veio à tona.



Pesou 13 quilos certos (o meu novo record pessoal hehe) numa balança analógica. Mais curta que a corvina de 10 kg que apanhei, mas mais larga e gorda.



A luta aproximou-se dos dez minutos, mas mesmo assim deu para ficar com uma boa "dor" de braços.
Estes animais lutam de uma maneira simplesmente fantástica.
Aqui a cana e o drag têm mesmo que trabalhar...!


Continuamos a insistir e nada.
Decidimos mudar de sítio.
Fomos então lançar as nossas amostras para uma zona de ostral, onde notamos a existência de canais profundos por onde a corrente "disparava".
Vimos também comedia à superfície (petinga aos saltos).

Passado uns minutos o Francisco ferra e tira um robalo simpático, baptizando assim a sua BPS Bionic na água salgada.


Pescamos mais um pouco mas sem resultados, e por volta das 9:30h demos a pesca por terminada, pois corriamos o risco de ficar sem água para tirar o barco.

Uma manhã excelente, onde o teste a novos pesqueiros, assim como as suposições e deduções sobre amostras a usar, técnicas, etc; mostraram ser as acertadas.
Nem sempre é assim, mas hoje, acertou-se.

Até ao próximo lance, de terra...ou embarcado!

terça-feira, junho 23, 2009

Especial Robalo -Mundo da Pesca

Deixo-vos aqui a capa da edição extra do Especial Robalo feito pela Revista Mundo da Pesca, que traz também um video sobre a pesca do robalo com artificiais.

Aqui a malta do "Team Robalos nas Ondas" tem umas coisas escritas neste especial. Está engraçada esta revista.

sábado, junho 20, 2009

Mission Acomplished!

Toques.
Os toques e as vibrações do jighead e do vinil a bater no fundo, de lodo, pedras, e areia.
Vou recolhendo lentamente, muito lentamente...pausa aqui, pausa ali, algumas de vários segundos.
Dou pequenos toques de ponteira, pequeníssimos, para o vinil rabiar junto ao fundo.
Subitamente...
Um pequeno peso na linha...a puxar na direcção contrária à qual recolhia.
Instintivamente faço um movimento de ferragem.
Um arranque súbito e bruto dispara a embraiagem do carreto, um assobio contínuo, sem pausas.
A adrenalina sobe...mas tento manter a calma.
O animal, fosse o que fosse, continuava a levar linha, a arrancar, com uma força que eu nunca tinha sentido antes, não dava as clássicas cabeçadas dos robalos, era sim uma força que não parava, uma teimosia, não subia à tona de água, não voltava para trás.
Quem mandava era o "bicho".
Aos poucos comecei a notar que os arranques tinham diminuído de intensidade, e de repente parou.
Estático, bem junto ao fundo, não ia para a frente nem para trás, dali não queria sair.
Mantenho a cana alta, usando a elasticidade da própria vara, para ajudar a "matar" o peixe.
Finalmente começo a conseguir recolher linha, metro a metro, eu fui recuperando "terreno".
Mas o animal não estava vencido, estava no meio dele, e quando menos eu esperava, voltava a arrancar, sempre da mesma maneira, apontava numa direcção e lá disparava uma série de metros, como um "comboio".
Os minutos passaram, as forças foram faltando ao animal, e finalmente, este veio à superfície, já não voltou a afundar, estava derreado, a luta tinha-lhe esgotado as forças.
Assim o segurei durante momentos, de barriga para o ar, à deriva.
Por fim foi cobrado, aliás, cobrada...




A minha primeira corvina.
Mediu 1,45 metros, e pesou 10 kilos certos.
Já tinha perdido três, à quarta foi de vez.

Insisti mais uma vez em utilizar material light (com o risco acrescido de perder o peixe).
Cana Bass Pro Shops Bionic Blade 1,95 m.
Shimano Twinpower 4000 FB com Power Pro 10 libras (o nosso 0,15 mm) e baixo de Seaguar AbrazX de 15 libras (o nosso 0,33 mm).

Em relação à amostra usei uma Zoom Trick Worms de 6" e um cabeçote da Strike King "Shaky Head" de 5 gramas.

Foi uma luta dos diabos, e uma adrenalina!
São por estes desafios que invisto o meu tempo a estudar os pesqueiros, as técnicas, a gradar e a voltar a gradar...
...Porque quando menos se espera, conseguimos!


(Um sorriso "parvo", mas a alegria era muita ;)



A equipa dos Robalos nas Ondas cumpriu a sua missão, capturar uma corvina com amostras, qual será a próxima missão?

Por fim, e não menos importante, queria agradecer a todos os que me têm ajudado a tornar-me num melhor pescador e acima disso, numa melhor pessoa.
Agradeço especialmente ao Alexandre Alves, sem ti este peixe não tinha saído, e eu não saberia metade do que sei hoje, um Muito Obrigado!


Missão Cumprida! Over & Out!

terça-feira, junho 16, 2009

Porto de Abrigo

Surgiu mais um espaço de convívio e partilha de experiências no domínio da pesca lúdica. Chama-se Porto de Abrigo e deixo aqui nas suas próprias palavras os seus objectivos:
"Um Porto bem situado, virado ao Oceano, cheio de bons pesqueiros para os pescadores que nos visitam, apeados ou embarcados, de mar ou de águas interiores!Para o visitante, é imperdoável não entrar no Café do Porto, onde se juntam todos os pescadores, bebendo um copo e trocando saberes, histórias, novidades, notícias…
Enquanto percorre o caminho que o separa do Café, dê uma olhadela em toda a informação que o Porto de Abrigo lhe oferece.Chegado ao local, entre e vá ouvindo as conversas que, invariavelmente, serão em torno da pesca ou de algo com ela relacionado… Escolha a mesa que mais lhe agrade! Coloque as suas dúvidas e os seus saberes…
Vai ver que, num instante, você será mais um dentro do grupo de amigos de longa data, capturando peixe à farta, pelo menos ali, no nosso Café!
Ah… Muito importante! Não se esqueça das dúvidas! São elas muitas vezes que nos trazem o saber e… quando menos esperar, será você a reunir companheiros à volta da sua mesa.
Durante o percurso que propomos, em algum momento, deverá apresentar-se, registando a sua entrada."
O Robalos nas Ondas deseja a melhor sorte e mares cheios de peixe aos promotores de mais este espaço.

sábado, junho 13, 2009

"Robalos nas Ondas" embarcado!

Depois de ter aceite o convite do Francisco Pavia para ir fazer a minha primeira pesca embarcada aos robalos, lá saímos ontem no seu semi-rígido.
Pescámos dentro do Tejo, e pelo menos, não enjoei!
Apesar de termos insistido em sítios diferentes os robalos mostraram-se pouco activos.
A pescar com vinis ainda fiz dois peixes, um com cerca de quilo, e o outro, já com um tamanho simpático da foto abaixo.



Em relação ao material usei a cana da Bass Pro Shops Bionic Blade, de 1,95 metros.
O carreto habitual, Shimano Twinpower 4000 FB, com multi Power Pro 10 libras e baixo de Seaguar AbrazX de 15 libras.
Em relação às amostras usei várias, desde Zoom Super Flukes, aos Megabass X-Layer, sempre em cores com contraste forte, e na cor branca.


Foi uma experiência muito agradável e diferente, que abre um enorme leque de possibilidades ao pescador de amostras que está habituado a pescar de terra, para usar técnicas diferentes, e pescar com outro tipo de amostras e animações.
Sem dúvida, a repetir!

Até ao próximo lance, de barco, ou de terra!

sexta-feira, junho 12, 2009

Pescador de Amostras

Depois de algumas sortidas juntamente com o Xandre em que eu levei "vantagem" a nível de capturas, fui finalmente posto no "sítio".
O Xandre vingou-se por eu ter apanhado um Black Bass com 2 kilos, e ele um pato...
Como?
Eu apanhei três cachaços de quilo que prontamente libertei, e ele ferra, e cobra um robalo com 5 kilos.
Ferrado com uma G.Loomis, aquelas "caninhas" que a malta usa para o achigã, meus amigos...foi uma ferragem e uma luta simplesmente brutal!
Quem sabe, sabe!
Aqui fica a foto do Pescador de Amostras e do Robalo!



Cheers!

sexta-feira, junho 05, 2009

Mais uma noite de pesca

Ontem fui mais uma vez à pesca. As condições estavam boas e como o mar tem andado tão ruim é necessário aproveitar todos os bocadinhos e, como já sabemos, em casa não apanhamos peixe. O fim do dia estava perfeito e o mar deixava-me nervoso só de olhar para o seu aspecto e pensar que podiam andar ali uns robalos a jeito para as minhas amostras.

Preparado o material lá fui mais o Mário e começaram os lançamentos cheios de esperança. Como a maré estava baixa comecei com uma habitual Saltiga, tentanto bater muita área, especialmente em baías que eram atravessadas por ondas regulares.

Veio a noite e a volta da maré, mas os toques não aconteciam. Era de estranhar pois sabia que na véspera tinham saído alguns peixes bons por aqueles lados.

Lá continuei, o Mário afastou-se com fé noutro sítio e eu fui ao local onde na semana passada tinha libertado o peixe. Não que estivesse à espera de qualquer recompensa mas apenas porque gosto realmente daquele sítio...tenho crença ali.

Entretanto troquei de amostra e fui para uma Flashminnow 110 Aurora Mackerel (lá pensarão que são sempre as mesmas) e lancei ao mesmo tempo que falava para mim "é agora, é agora, é agora"...e de repente foi mesmo! Uma recuperação lenta e um ataque violento, mas sem grandes corridas, o peixe a saltar ao cimo da água por duas vezes, uma primeira tentativa para o trazer para terra e a percepção do que ali estava. Abri um pouco mais o drag para qualquer investida de última hora e consegui coloca-lo na areia...e quando o vi...meu deus...estava ali a meus pés um belo robalo. Trouxe-o para cima e olhei bem para o peixe que ali tinha...um robalo com 77 cm e 5.3 kg que engoliu quase literalmente a minha amostra.




Era o meu trofeu deste ano, depois de tantas grades e de tantos peixes mais pequenos, finalmente tinha aqui aquele com que todos sonhamos. Aquele que nos faz ir lá lançar as amostras e esperar em cada lançamento, em cada recuperação aquela adrenalina do ataque à nossa amostra.



E pronto...esta noite foi só este. Desta vez não devolvi pois acho que já o merecia há muito tempo.

Pesca lúdica reconhecida pela UE

No passado dia 15 de maio o Comité das Pescas do Parlamento Europeu adoptou uma resolução convidando a Comissão Europeia a avaliar o papel ...