sábado, agosto 08, 2009

Streetfishing - A pesca com amostras na Cidade

O Streetfishing, como o nome indica é uma pesca com artificiais (spinning p.ex) onde os pesqueiros são predominantemente em cidades, ou em estruturas artificiais feitas pelo homem.
Aqui fica um link para um video de um streetfishing puro, mas em água doce:

Vídeo

Neste post irei descrever o que a meu ver é o material mais adequado, as técnicas, os possíveis pesqueiros, e as espécies passíveis de serem capturadas.

Começando pelos pesqueiros, esta modalidade é realizada em ambiente urbano, como portos, paredões de avenidas, pilares de cais de embarque, entre outras estruturas artificais.

No nosso país temos alguns sítios de fácil acesso em que se pode praticar esta variante da pesca com amostras, como as avenidas que ladeiam os nossos rios (como o Sado,Tejo, Guadiana, entre outros), nas suas zonas de estuário.



Como exemplo, a avenida que ladeia o Guadiana em Vila Real de Santo António.


Assim como os vários pontões de algumas cidades, como o de Sesimbra, acima representado (atenção que só se pode pescar para o lado de fora, dentro do porto é proíbido!).

Nestes pesqueiros podemos tentar encontrar pontos de possível intresse, como zonas de corrente, fundões, ou então pescar directamente as estruturas existentes, como lançar para zonas de pilares.São várias as espécies que podemos capturar nestes locais, sendo as mais comuns as cavalas, agulhas, sardas, robalos e por vezes nos locais onde elas existam, até mesmo uma corvina.


Ao fundo desta fotografia, vemos um bom exemplo de estrutura que pode ser explorada usando vinis.

Ao pescar directamente uma estrutura que esteja perto de onde estamos, não é necessário tanta capacidade de lançar longe, mas sim uma boa precisão no lançamento para colocar a amostra onde queremos.
Como tal, uma boa cana de achigã Medium Heavy (de preferência com passadores Fuji que resistam à água salgada) será preferivél às canas de 3 metros que se usam na costa.
Em relação aos carretos, os que se normalmente se usam no spinning (tamanho 4000 Shimano, ou 3000 Daiwa, ou semelhantes) penso serem adequados, podendo até ser mais pequeno para alijeirar o conjunto.

Ao pescar directamente uma estrutura onde pensamos que possam existir, por exemplo, robalos emboscados, ou que seja um ponto de passagem para estes devido a estarem colocados numa zona de corrente, podemos insistir com amostras de vinil, lastradas consoante a corrente e a profundidade pretendida.

Se existir o risco de prisão da amostra por se pescar com anzol exposto, uma montagem texas è aconselhável, se não for um caso, um jighead (cabeçote) com o peso adequado também será adequado, ou mesmo pescar com a amostra de vinil sem peso algum (weightless) apenas com um anzol wide gap).

As animações poderão ser variadas, desde pequenos toques de ponteira com a cana à vertical e uma recolha lenta para que a amostra venha a trabalhar a maior profundidade ou junto ao fundo, ou então, um jerking mais acentuado (toques intercalados durante a recolha) com uma recolha mais rápida para que a amostra trabalhe numa camada mais superficial ou mesmo à superfície.


Um passo essencial é avaliar o pesqueiro, no caso dos paredões, as zonas onde possam fazer correntes p. exemplo.

Observar o mesmo sítio tanto na preia mar como na baixa mar pode providenciar informações importantes.

Os vinis em si poderão ser imitações de peixes ou vermes, como os Megabass X-Layer, Zoom Super Fluke, Slug-Go e os Senkos da Gary Yamamoto (entre muitos outros).

As cores terão que se adequar à coloração da água, no entanto pessoalmente considero o branco e os azulados muito polivalentes.


Nestes locais as amostras rígidas também poderão funcionar, mas penso que no caso de se querer explorar uma zona específica, onde não seja necessário cobrir uma grande área de água, os vinis levam vantagem.

Nos casos onde não há uma estrutura específica , como nos paredões das avenidas, e onde existem uma profundidade considerável , especialmente no Verão, é possível capturar com facilidade cavalas, sardas e à noite carapaus.

È um tipo de pesca excelente para inicar novos pescadores, e para usar material ultra ligeiro, devido à quantidade e facilidade das capturas.

Pequenas zagaias (até às 25 gramas) , podem ser boas apostas, assim como "colheres" (como p.ex a Toby da Abu Garcia) ou pequenos bucktail jigs.


Na foto, uma Maria Viva Parade de 28 gr, e um vinil Zoom Super Fluke.




Um exemplo de uma cavala apanhada com a zagaia da foto acima.





Não são apenas os pequenos exemplares que se podem apanhar nestas zonas, na foto abaixo está a prova disso.





Um simpático robalo com 3,2 kg apanhado pelo meu amigo Gonçalo Abrantes em plena cidade, usando uma zagaia similar mas de cor azul.

Até ao próximo lance!

E bons lances pela Cidade, sempre a praticar uma pesca consciente!

1 comentário:

Team Mesquitas disse...

belos videos..e grande actitude, parabéns..e já agora é tambem um belo robalo...um abraço

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