domingo, dezembro 18, 2011

Jantar de Natal - Cromos do Spinning 2011

O Robalos nas Ondas e a Bassnbait juntaram-se mais uma vez para organizar um jantar de Natal com um conjunto de amigos adeptos ferrenhos da pesca com artificiais...são os chamados cromos do spinning...mas que agora são cromos de muitas mais técnicas tal foi a profusão de novos termos utilizados durante aquele jantar para descrever a pesca de cada um...desde os que agora só pensam em zagaias e jigs, aos que sonham por peixinhos das rochas, passando pelos que vão a todas e parando naqueles que se enquadram no termo mais genérico de gradeiros...havia de tudo!

O que importou foi a boa disposição em que, mais uma vez decorreu este jantar, que marca, nos últimos anos um convívio salutar e cada vez mais agradável entre todos nós que adoramos a pesca com amostras nas suas mais variadas vertentes.

Ficam algumas fotos de alguns dos momentos deste jantar que decorreu no Saguim na Avenida do Brasil e que nos presenteou com dois pratos muito bem confeccionados e umas imperialuchas bem fresquinhas.
Alguns dos presentes...Pedro Sousa, Nuno Cabrita, Sérgio Silvestre, Sr. Paiva
Pedro Russo

António Gouveia

A caixinha da perdição

Aqui o Huguinho adepto do Rio Ave a pensar que ia ganhar

Os maluquinhos do chumbo...com a sua caixinha!

Esta é a melhor de todas pá!

O cantinho da esperança verde... com o Hugo Lima a liderar e o Silvestre a pensar que era possivel!
Nuno Cabrita: o sargueiro!

Pedro Sousa

Zagaias I

Mestre Paiva

Grande Xandre

Olha que três

Os Joões: Oliveira e Afonso

Huguinho do Sobral

Eu com o João
Miguel Carrilho

Daniel Santolas"
A malta com a nossa boina

Mário Rodrigues

Lindo rosa para pescar de noite...

Mestre Zagaias II: António Gouveia

Golo do Benfica...Cardozo!

Zé Anacleto, o Boss!

O jantar da malta

Paulo Felício

As despedidas

O grupo completo

"gang dos Quatro" a combinar a pescaria

A tentarem ouvir os segredos

Uma palavra também para os amigos da Spinart-fishing que estiveram presentes e do blogue Pesca ao Engano que, com a sua boa disposição, também ajudaram ao sucesso desta nossa iniciativa.
Foi uma noite espectacular onde se falou de pesca, de amostras e de peixes capturados e daqueles que foram perdidos ou não quiseram atacar os nossos artificiais.

Bom Natal e Feliz Ano Novo a todos os leitores do Robalos nas Ondas.

domingo, dezembro 04, 2011

Bicuda sem ondas...


Seria politicamente incorrecto começar pela ficha técnica ?
Captura: Bicuda com 4,5 Kg
Local: Baia Norte da Fábrica de Peixe da Madalena, Pico, Açores.
Carreto: Shimano Stella FD 4000
Cana: Shimano Exage BX STC, 3,00m, H, acção 20-50 gr. com 5 elementos.
Amostra: Duo Tideminnow SLD 175 , cor "peixe piça"
Clip: Spinlink clips da Breakaway SL2 35lb
Linha: Power Pro 0,19, vermelho
Baixada: 1,20 m, Atko Fluorocarbon da Yuki 0,45 / 15.24 kg









Um post atrasado com sabor a Verão.

Umas férias grandes que não foram programadas como férias dedicadas à pesca, mas atendendo ao local escolhido, na véspera da partida fiz um esforço :-) e preparei um saco com o meu carreto, uma caixa de amostras, o grip e umas luvas.

A cana que levei foi a Exage STC ( Shimano Travel Concept), de 3,00 m. Heavy. Uma cana de viagem, facilmente transportável, de 5 elementos, que colocada dentro do seu estojo mede desmontada apenas 58 cm.

Mesmo com tantos elementos separados a cana pesa apenas 268 gr. Uma cana com uma excelente ergonomia e com muita sensibilidade ao trabalhar das amostras. Sendo uma STC ( Shimano Travel Concept), está também isenta do pagamento de taxas adicional aeroportuária como bagagem fora de formato.

Montar esta cana em carbono XT60, porta carretos e passadores Shimano Hardlite é extremamente fácil e durante toda a pesca que fiz, desde as 6:30 até às 9:00 da manhã só ajustei uma vez os vários elementos.

Nesta jornada sai de casa, em S. Roque do Pico, ainda de noite. Eram 6:00 horas, mas já raiavam a nascente alguns tons laranja. De casa até ao meu spot habitual, a Sul da Madalena são aproximadamente 22 km, 15 minutos de viagem. A missão era apanhar uma anxova, o jantar estava combinado e o peixe deveria estar na mesa umas horas mais tarde.


Chegado ao pesqueiro, sem vento e ondas, com uma caixa sortida de amostras comecei por pescar com a Lucky Craft SW Flashminnow 130MR - Zebra MS Chartereuse e depois com a Rough Trail 130 S, na cor N 148, mas não senti nem um toque.

O dia raiava e os tons de laranja eram cada vez mais intensos. A maré começou a descer e a água engodada começou a correr para Sul, tornando-se cada vez mais difícil pescar aquela anchova. Mudei de amostra e coloquei a Duo Tideminnow SLD 175 na cor europeia "peixe piça".

Senti no primeiro lançamento um toque e depois mais nada. Quase a desistir do pesqueiro lanço, não para a baía mas sim em direcção ao ilhéu da Madalena e na recolha uma cabeçada.


Ferrei e o peixe começou a levar linha e o Stella cantava. Senti que o peixe era grande. Cana ao alto, estava confiante, era uma H (Heavy), o arco que fazia era perfeito e senti a sua eficácia. O carreto ajudou muito mas tive o prazer de poder testar pela primeira vez esta cana. Senti passado pouco tempo que não era a anchova que por tanto ansiava, a luta não foi muito longa e percebi logo depois que era uma bicuda.

É por estes momentos que sou de algum modo adicto à pesca. Eu, enquanto pesco imagino cenários e acções da amostra dentro de água. Imagino como é que a amostra vai a trabalhar, ponho-me até no papel do peixe ao vê-la passar. Imagino como é que o peixe a observa, se encanta e ataca.  
Trata-se de um momento de concentração, de fé e de abstracção total. Eu desligo da realidade. Canalizo através das maniveladas e dos toques de ponteira da cana as mensagens de comando às peripécias e acções que a amostra fará aos olhos do peixe ou da sua linha lateral.

De cana vergada e naqueles propósitos, apareceu o Sr. Luis que veio juntar-se a mim para ver a cena. A cana vergava e o carreto cantava… ele dava-me ordens… um espectáculo! " - Baixe a cana, enrole, o peixe leva-lhe a linha toda, ainda foge… ", e eu a fazer tudo ao contrário… Um stress… e quando o peixe abeirou exausto… dizia-me - Vá puxe isso! E eu já me ria… fui junto à água e com o grip tirei o peixe para a rocha. Grande sorriso fazia o Sr. Luis que se colou a mim na sua pesca às Vejas.

Com o peixe na rocha tirei umas fotos e foi ai que vi que a amostra estava gravemente ferida, tinha sido trespassada por um dente de bicuda.

Fiz mais uns lançamentos e acabei por desistir. Estive a observar o Sr. Luis na sua arte de pescar Vejas com o seu caniço de pau e com caramujo (caranguejo da rocha). A Veja andava por ali junto às pedras mesmo sobre os nossos pés. Era uma fêmea vermelha grande e gorda.

Agora era a vez do Sr. Luis mostrar a sua arte. Caniço de madeira, linha grossa, sem carreto, anzol gasto e metade de um caramujo. O peixe sentiu o cheiro e veio comer. Caniço ao alto e peixe cá para fora. Tanta foi a força que ao pôr o peixe em cima da Rocha desferrou-se e foi cair numa frincha entre duas rochas, que ninguém o tirava. O peixe estava entalado e não se chegava lá com a mão. Fui buscar uma zagaia da minha caixa e ferrei pela primeira vez um peixe fora de água. Grande sorriso fez aquele Homem. Fica as fotos para se recordar.



Já tinha o peixe para o nosso jantar, já tinha aprendido mais umas coisas com o Sr. Luis e resolvi ir embora.
A pesca para mim não é só o peixe muito menos o troféu é sobretudo o desejo da partilha. Partilhar as experiências, as histórias e o jantar com os amigos...

O peixe, como sempre, foi arranjado por mim e foi com alguma curiosidade anatómica que o fiz.


Mais tarde, grelhadas as postas, batatas assadas com manteiga e coentros. Vinho de lava e uma noite estrelada... O resto imaginem vocês…











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