terça-feira, novembro 06, 2007

A palheta das amostras

A palheta é um elemento fundamental em qualquer amostra pois será ele que irá determinar o seu comportamento dentro de água. A sua largura e comprimento determinam a frequência e a profundidade a que irão nadar as nossas amostras tendo também em conta a velocidade de recuperação que utilizamos (quanto mais rápida mais afundam as amostras). Não podemos também deixar de referir que o próprio comprimento da amostra influencia o efeito do babete levando-nos então a concluir que estamos perante uma relação dialéctica entre a própria amostra e o seu babete ou palheta.
Assim podemos dizer que:
  • Uma palheta pouco inclinada e longa fará a amostra afundar profundamente. Se essa amostra for curta (como por exemplo um crankbait) o seu corpo não terá grande influência nesse movimento e a descida será rápida até à profundidade máxima que cada amostra está preparada para atingir. Se ao invés, estivermos perante uma amostra de corpo longo vai verificar-se mais resistência a essa descida demorando a amostra mais tempo para alcançar a sua profundidade máxima. Isto significa em termos práticos que com um crankbait podemos efectuar lançamentos mais curtos, pescando mais fundo mesmo perto da margem enquanto que um minnow teremos de lançar mais longe para que a amostre trabalhe a mais profundidade.
  • Quanto mais larga for a palheta de uma amostra mais lentamente esta se irá deslocar dentro de água, mas produzindo um efeito de tracção mais acentuado (que se irá sentir na cana e nos braços) enquanto que uma palheta mais estreita fez a amostra nadar mais rápido e tem naturalmente uma influência menor na cana.

Estas são apenas algumas ideias genéricas que deixo e que poderão ser úteis a quem se inicia nesta modalidade e tem de escolher de entre a enorme panóplia de amostras aquelas mais indicadas ao pesqueiro onde as irá lançar.

Amostras de superfície

As amostras de superfície destinam-se a provocar a loucura e a excitação dos predadores. A sua utilização conjuga a capacidade de apanhar muito peixe com o grande prazer que dá a sua utilização que depende essencialmente de dois factores: mar calmo e boa visibilidade.


Quando não conseguimos conjugar estas duas variaveis podemos e devemos optar por amostras com paleta que permitem esses mares mais mexidos e vão procurar o peixe abaixo da superfície.

Estas amostras são as mais complicadas de utilizar pois para além da capacidade para as animar, necessitamos de controlar visualmente a sua evolução dentro de água o que nem se afigura fácil e quando isso acontece temos de nos guiar apenas pelo cálculo da trajectória que elas irão ter e as vibrações que transmitem ao nosso pulso.


Para trabalhar estas amostras convem ter canas pequenas e sensíveis que permitem transmitir melhor os movimentos de ponteira que fazemos para animar a amostra. Em amostras passeantes utilizamos geralmente o walking the dog e para os poppers o popping (explicação destas animações já noutro post).

segunda-feira, novembro 05, 2007

Pesca 2 Nov 2007

Este fim de semana lá consegui enganar estes dois prateadinhos. A noite valeu pela luta do maior que foi um espectaculo, dando-me bastante trabalho e pondo aqui o meu braço recentemente partido à prova...
São aquilo a que eu chamo os "robalos cadentes" ou seja uns robalitos que aparecem como as estrelas cadentes...de fugida. O maior marcou 2.3 kg e o outro 2.0 kg.

Foram apanhados com a tradicional Flashminnow MR 130. A cana é a Lucky Craft 2.90 e o carreto o Shimano Twinpower 4000, equipado com multi 0.21 da Rapala e um terminal fluoro 0.34. Ou seja o meu material do costume.

Abraço e boas pescas.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Pesca recente

Mais uma noite bem passada na pesca com os amigos e com um tempo excelente. Deixo aqui o resultado dos lançamentos que fiz. Um robalo que deu 2.3 kg e proporcionou uma janta que nem vos digo nada. Assadinho no forno com batatinhas e um bom vinho...delicioso.
O material foi o do costume (já nem me lembro qual a amostra mas penso que era uma Flash) e a maré estava a descer como gosto de pescar. O bicho deu uma luta muito gira pois vinha muito pouco picado pelas fateixas. Ficou preso apenas por um anzol da fateixa mais perto da cabeça da amostra. Que corridas mandou...valeu a pena.
Como não podia também deixar de ser lá fiquei com os olhos fechados e com cara de "maluco"...que figura!!!

segunda-feira, outubro 15, 2007

Daiwa Saltiga Minnow...uma paixão

Este post é uma homenagem à amostra que mais alegrias me tem dado nestes últimos tempos: a Daiwa Saltiga Minnow, uma fantástica amostra para pescar com pouca água, tal como tanto gosto, já que as minhas horas preferidas são as duas últimas da vazante e as primeiras duas da enchente.

É um minnow que lança muito bem devido ao seu dual long cast system que consiste num sistema de dois pesos deslizantes que automaticamente mudam o equilibrio da amostra para a traseira durante o lançamento transformando-a numa verdadeira bala. Quando recuperamos esses pesos regressam à posição inicial permitindo uma acção excelente da Saltiga dentro de água.



A Saltiga é uma amostra flutuante com 19.5 g para um comprimento de 14.5 cm equipada com fateixas Owner ST-46 n.º 5 que picam mesmo bem. Afunda cerca de 60 cm e apesar de não possuir um ratling muito intenso tem grande capacidade de atracção devido aos brilhos que emite com os toques e animações que provocamos.





Não sendo uma amostra barata merece contudo tudo aquilo que custa. Pelo menos para mim tem sido espectacular!

Pesca 13 Out 2007

Sábado à noite a dupla terrível, ou seja o Mário e eu, foi à pesca. Última hora da vazante, noite quente e sem vento, águas abertas e a mar a condizer. Chegados ao pesqueiro os primeiros lançamentos não deram grandes esperanças de sucesso pois não tivemos qualquer ataque às nossas Saltiga, à excepção das pedras que lá lhes iam dando uns "beijinhos" de quando a quando. Até que de repente oiço o Mário dizer que tem um e lá tirou um robalo de 3.2 kg...fumou um cigarrito para acalmar os nervos e lá veio ter comigo, que tinha continuado a lançar e a tentar animar a amostra. "Então algum toque?" perguntou ele...eu respondi que nem ve-los, que não tinha sentido nadinha. Passado um bocado oiço novamente "olha tenho um" e vejo com agrado a luta que este segundo exemplar deu. Foi um espectáculo ver a luta entre o peixe e o pescador! Este segundo deu o peso de 3.7 kg para um comprimento de 73 cm.
Eu lá continuei a lançar sem qualquer resultado...

Pois é meu amigo desta vez eles preferiram as tuas amostras e eu levei um "bigode" monumental. Parabéns.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Pesca 5 Out 2007

Na sexta-feira lá fomos à pesca. Uma tarde de muito sol e calor, um mar a condizer e muita esperança e fé em conseguir uns ataques às nossas amostras. Os cromos era aqui o vosso escriba, o Ricardo, a sua namorada Ana e o Ivo. A praia estava pejada de pescadores que ainda antes de nós procuravam também o seu momento de felicidade e lá conseguimos um espaço para lançarmos as nossas amostras.
Eu fazia o meu regresso depois do braço partido em Agosto sendo a primeira vez que me aventurava a lançar sozinho. O braço aguentou-se muito razoavelmente (o pior foi mesmo depois em casa) e os lançamentos foram-se sucedendo.
Ao terceiro ferro o primeiro robalo e o Ricardo faz o seu primeiro lançamento ferrando logo um cabeçudo de 3.5 kg. Foram uns atrás dos outros e em cerca de duas fizemos 11 peixes (5 para mim, 5 para o Ricardo, 1 para o Ivo e a Ana teve dois ferrados mas que não conseguiu tirar devido ao seu pulso lesionado).
Foi uma tarde muito bem passada...deixo aqui algumas fotos dos peixes.
O Ricardo com os seus dois de 3.5 kg

Aqui o Ivo com o seu exemplar

Os meus 5 fizeram 6.2 kg, tendo o maior 1.4 kg. Apenas tirei uma foto em casa com o telemovel que não ficou nada de jeito. Foi uma tarde em que o "aluno" deu um grande bigode ao "professor".

Agora voltaram as grades...já levo três desde sexta...ai ai

terça-feira, outubro 09, 2007

Pai e filho

Este Sábado vivi um momento especial.

Fui à pesca com o meu filho João. Mais importante do que apanhar peixe, estive com ele a pescar aos robalos. A ensinar-lhe como lançar a nossa amostra para capturar o rei dos peixes e a incutir-lhe o respeito que ele nos merece pela grandeza que tem.
Foi um momento lindo e único, que espero repetir muitas e muitas vezes.

São estes momentos que nos fazem viver e nos dão alento. Que nos permitem perceber o que realmente vale a pena neste mundo louco em que vivemos.


Ver a cara de alegria do nosso filho enquanto lhe ensinamos como devem fazer e sentir um orgulho enorme quando o vemos a tentar dar, com a sua mão tão pequenina, toques com a cana para animar a amostra.
A minha mão em cima da dele para controlar a recuperação, ele a dizer-me "não puxes tão depressa pai" e o mar ali tão perto de nós os dois.

Fomos apenas "um" naqueles momentos que passamos à beira-mar. E é isso que os pais e os filhos devem ser...um apenas!!!


sexta-feira, setembro 21, 2007

Pesca no Senegal

Hoje abro uma excepção para publicar um post sobre a pesca que um amigo fez no dia 31 de Agosto em Saly, no Senegal, a bordo da embarcação Makaira. O peixe é um Espadon Voilier e marcou na balança 36 Kg.

Depois de uma hora de árdua luta o peixe foi içado para bordo e tirada esta bela foto. De salientar que o peixe foi devolvido com vida à água.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Pescas dos amigos

Deixo aqui algumas fotos de capturas de alguns amigos na sequência do nosso raide nocturno. Eu fui para dar apoio moral e apanhar ar. Foi uma noite muito bem passada, com alguns peixes à mistura para animar a malta. Parabéns ao Filipe que tirou o maior da noite. Lindo peixe que tive o privilégio de fotografar.

Vejam-no aqui com este belo exemplar de 4.3 kg que não resistiu a uma Maria Angel Kiss 140 bem trabalhada pelo "Mestre" Filipe que capturado o peixe arrumou a trouxa e foi dormir mais cedo aconchegado por tal captura.

O "Mestre em formação" Mário também livrou bem a noite com três peixes, dois acima de quilo e outro mais pequeno que, mesmo com medida, acabou por ser devolvido rapidamente à água. Deixo aqui a foto desse peixe e do novo fato de competição que vem substituir o tão famoso Blazer como indumentária de pesca do meu grande amigo.


Finalmente e não menos digno de registo fica aqui a prova de que o Hugo, "Aspirante a Mestre", dobrou o Cabo das Tormentas das Grades sucessivas e capturou dois peixes, com a sua Maria Chase de barriga vermelha. Fica aqui a foto do maior deles que testemunha o ar satisfeito do pescador. Parabéns pá!!!

As bailas, essas cabras malucas, não apareceram...não há respeito nenhum hoje em dia!!!

segunda-feira, setembro 10, 2007

Paisagem

Agora que não tenho podido pescar resta-me o prazer de ir olhando para este mar e imaginar que estou lá junto a ele... lançando e esperando o ataque de um robalo à minha amostra... em comunhão com a natureza e comigo mesmo. Cada vez mais me alimento das sensações que tiro da pesca e dos momentos que passo junto ao mar... cada vez mais sinto falta de estar ali...

quarta-feira, setembro 05, 2007

Mestre Xandre

Deixo aqui a prova de que o Xandre é mesmo um mestre Jedi da pesca ao robalo. Vejam este exemplar que ele capturou com a sua Lesath e uma Flashminnow...o bicho marcou 7.4 kg...que bonito!!!
Quando for grande quero pescar como o Mestre. Parabéns Xandre, bem os mereces!

quarta-feira, agosto 29, 2007

De braço ao peito

Ora aqui estou eu de braço ao peito fruto de uma aparatosa queda de bicicleta quando dava um passeio com o meu filhote João Maria. Fractura do cotovelo direito e vamos a ver quanto tempo sem pescar. De qualquer forma já experimentei e mesmo com o gesso consigo segurar na cana e fazer as animações. Só tenho mesmo de arranjar quem me lance ou habituar-me a lançar à esquerda. Vamos a ver quanto tempo fico sem pescar...que seca! E logo agora que estava em forma...

terça-feira, agosto 28, 2007

Pescas de Agosto

Este mês de Agosto de 2007 vai ficar guardado na minha memória. Tive umas noites com umas pescas excelentes antes de ter tido o acidente que me deixou de braço ao peito.

Partilho convosco algumas fotos dessas pescarias. A técnica foi o spinning com a Lucky Craft 2.90 e o Shimano Twin Power 4000. A amostra das alegrias foi a Daiwa Saltiga Minnow Laser Sardine, apesar de ter tirado o maior com uma Lucky Craft Flashminnow 110 Aurora Black.

Nesta noite fiz 8 peixes que perfizeram cerca de 12 kg. O maior com 3 kg. Tive um ataque fenomenal que deixou um piercing na boca de algum robalo de envergadura que valeu pela adrenalina de ver a cana toda vergada e o carreto a cantar. Foi impressionante! E o que custou depois carregar com eles...
Deixo também esta foto dos dois maiores, pedindo desculpas pelo ar verdadeiramente alucinado com que estava. Esta paixão dos robalos...deixa-nos assim.Fica aqui também uma foto do Mário, grande companheiro de pesca, que também tirou o seu belo exemplar. Parabéns amigo!Aqui já arranjadinhos e prontos para irem para a arca.Estes 4 fizeram quase seis quilos, tendo o maior 1.6 kg. Esta pesca foi feita em cerca de hora e meia, tendo ainda mais 4 ataques à amostra que não se concretizaram. Foi uma noite espectacular. Que o diga o meu sogro que ficou de boca aberta e entusiasmado a ve-los sair.
Este foi exemplar único e tinha dois quilos. Não resistiu à Saltiga.

Abraço a todos.

P.S. - Deixo aqui uma vénia ao grande Mestre Alexandre que tirou uns belos peixes lá por terras de Sagres...quem sabe é realmente mestre. Muitos parabéns amigo!!!


sexta-feira, agosto 24, 2007

Azar nas férias

Estas férias vão-me ficar na memória. Anteontem caí de bicicleta enquanto dava um passeio com a família. Resultado: uma fractura do cotovelo direito para mim, uma noite no hospital para o meu filho João em observação e um susto enorme para todos.

O Robalos nas Ondas vai ter de parar por uns tempos. O mesmo me vai acontecer que não vou poder pescar durante uma temporada.

Boas pescas amigos.

sexta-feira, julho 20, 2007

Lucky Craft SW G-Splash 120

Partilho convosco a mais recente aquisição para a minha caixa de amostras. Uma amostra de superfície da Lucky Craft, a G-Splash 120 Metalic Sardine, na qual deposito grandes esperanças agora para as noites de Verão. Só espero que os nossos amigos robalos compareceram nestas férias.
A nova G-Splash da Lucky Craft foi criada para se tornar uma lenda. Foram efectuados literalmente milhares de lançamentos durante os testes de produto para criar uma verdadeira matadora. A boca extra grande da G-Splash faz um “splash” incrível que a torna capaz de atrair grandes exemplares das águas mais profundas e de grandes distâncias. Possuidora de um tamanho perfeito que todos os pescadores de agua salgada com artificiais adorarão. Experimente manter uma acção de “twitch-and-pause” (toque-e-pausa) durante a recuperação e esteja pronto para o ataque da sua vida! (www.bassnbait.com)

Novas cores para a Flashminnow 130 MR

Deixo-vos aqui as minhas aquisições mais recentes em termos de amostras. Mais uma vez a aposta recaiu na Lucky Craft e em duas cores novas para a Flashminnow.


A primeira é Zebra Aurora Black que penso me irá dar muitas e boas alegrias e a segunda a Zebra American Shad. Ambas têm um peso de 21 g e evoluem até uma profundidade de 1.5 m, sendo muito boas para pescar com pouca água a partir de terra.

A flashminnow é um jerkbait de superfície que constitui uma arma temível para a prospecção das zonas pouco profundas. Equipado com um sistema móvel de transferência de massas, o Flash Minnow lança-se facilmente, com precisão e distância, mesmo com o vento de frente. Movendo-o com golpes de ponteira, conseguirá do Flash Minnow um movimento natatório durante a recuperação pouco comum, com cintilações dos seus flancos em todas as direcções (Fonte: www.bassnbait.com).

quinta-feira, julho 19, 2007

Chumbada ou bóia de água?

O princípio aqui é utilizar as bóias de água durante os meses mais quentes e as chumbadas durante o Inverno. Esta é a regra base podemos assim dizer. Só que mais uma vez isto não é infalível. A bóia de água serve essencialmente para procurar o peixe à superfície ou a meia água sendo indicada para aquelas alturas em que o robalo caça à superfície a petinga. Usamo-las também quando estamos a pescar em pesqueiros com pedras e evitamos dessa forma estar sempre a perder material ao ficar presos nas rochas. As bóias devem ser cheias com água e/ou com pequenos chumbos que terão uma dupla função. Fazer peso e produzir ruído que atrairá os robalos, quanto mais não seja por irritação ou curiosidade. Aconselhamos o uso das bóias de água ovais, pois lançam melhor e ao produzir menos atrito no ar evitam também os enleios.
A utilização das chumbadas, entre as 60 e as 90 g na maior parte dos casos, faz-se em condições de mar mais duro em que a bóia de água não trabalha eficazmente ou quando pretendemos que as nossas amostras trabalhem mais fundo procurando os robalos entocados. Não são raras as vezes em que estando a pescar com bóia de agua não sentimos qualquer toque e mudando para a chumbada começam a surgir os toques, ou vice-versa. Em zonas de pedras a utilização de chumbada leva a maiores perdas de material, devendo-se optar por chumbadas em forma de pêra que não só lançam mais como prendem menos. Custa sempre perder material mas por vezes é o que temos de suportar para levar para casa os maiores exemplares.

Quais as melhores horas para lançar as nossas amostras?

Se perguntarmos a um pescador de corrico quais as melhores horas para corricar a resposta irá certamente no sentido de que os melhores momentos ocorrem ao nascer e por do sol. Qual a razão para isso? A resposta é simples. Os robalos aproveitam essas alturas para caçar tirando partido da menor luz existente, mesmo sabendo que nesses momentos perdem cerca de 75% da sua visão. A sua vantagem é que os outros peixes também perdem capacidade visual e ficam mais vulneráveis. É isso também que os leva a ficar menos desconfiados em relação às nossas amostras, pois perante a incapacidade de conseguirem ver com nitidez aquilo que se passeia à sua frente geralmente optam por as atacar. A verdade é que já apanhamos robalos quase a todas as horas e isso leva-nos a dizer que não existem regras definidas. Mais uma vez a experiência faz o pescador e a diferença faz-se pela sua capacidade de conseguir entender o mar e os peixes e antever a que horas ele estará mais disponível. A única verdade que temos aprendido ao longo de todos estes anos a corricar é que quem não vai à pesca não apanha peixe e as melhores horas são geralmente aquelas menos procuradas pela maior parte dos pescadores. Os melhores corricadores são sempre os mais persistentes e dedicados. Aqueles que podem passar uma noite toda a fazer lançamentos para numa meia hora final fazerem a sua pesca mesmo depois de todos os outros terem desistido.

Como escolher um pesqueiro?

A escolha do pesqueiro depende de um conjunto de determinados factores que quando se conjugam podem permitir algumas pescas de grande sucesso. Temos assim que perceber que o robalo é um predador portanto irá estar onde estiver o alimento. Logo um dos locais mais procurados por ele são as saídas de rios ou lagoas que permitem que a comedia entre mar dentro. Também as coroas são locais onde abunda o alimento e onde por consequência estão os nossos robalos. Uma correcta observação do mar para entender o movimento das areias e perceber se as coroas são novas (situação ideal) ou não pode render bons resultados.


Outros dos locais onde os podemos procurar com sucesso são os caneiros, ou seja, passagens em zonas de rochas onde os robalos caçam e esperam pela comida que lhes é trazida pela corrente. A aposta deve ser feita nestas zonas mesmo sabendo que podemos perder algum material pois os resultados irão certamente compensar em algumas ocasiões. Depois de muitas horas a percorrer o nosso litoral na busca dos robalos irão começar a perceber que existem zonas tradicionais que geralmente contam com a presença dos robalos e será a prática a permitir intuir quando eles lá estão. A melhor forma de começar a descobrir esses locais é conseguir a confiança dos pescadores locais que nos poderão fornecer importantes pistas ou observar as praias durante a maré vazia e arranjar referências.

segunda-feira, julho 16, 2007

10 Ideias sobre o Corrico

  1. As melhores horas para corricar são as do amanhecer e as do por do sol, não sendo impossível apanhar bons exemplares noutras horas;

  2. As coroas de areia, com mar a espraiar, são normalmente bons pesqueiros, devendo-se lançar para lá da coroa;

  3. Dias em que o vento arraste a espuma das ondas no ar, são geralmente maus para a pesca;

  4. Águas claras e dias claros impõem amostras claras, águas fechadas e tempo nublado ou com pouca luz, impõem amostras escuras;

  5. Com o tempo mais fechado o peixe encosta mais e está menos desconfiado;

  6. Estralhos longos propiciam um trabalhar mais natural das amostras, estralhos mais curtos permitem lançamentos mais fáceis e mais longos;

  7. O equipamento (cana e carreto) deve ser equilibrado e estar em consonância com a própria estatura do pescador;

  8. A qualidade dos materiais é um factor importante, permitindo em alguns casos marcar a diferença;

  9. Os tamanhos mínimos de captura (36 cm para o robalo) são para cumprir, devendo o pescador saber preservar hoje para colher amanha;

  10. Finalmente, a segurança está acima de qualquer peixe. Atenção aos dias de trovoada e aos mares de enchios. Nenhum peixe vale uma vida.

Amostras Raglou

Um dos problemas mais frequentes quando pescamos com amostras do tipo Raglou é o anzol deslocar-se dentro das mesmas, impedindo com isso, que elas trabalhem perfeitamente. Para evitar essa situação existem alguns pequenos truques que podemos aplicar, como exemplificado na figura seguinte:



Fonte: www.pecheaubar.com

5 Dicas sobre os anzois do corrico

  1. O anzol deve ter o tamanho adequado à amostra em que é aplicado para não prejudicar o seu comportamento natural;

  2. O anzol deve ser resistente ao meio salino, tendo um tratamento anti-corrosão, evitando a sua oxidação e a perda das suas qualidades;

  3. O anzol deve ter um bico bem apurado e bastante resistente para ser eficaz na ferragem e para resistir às prisões nas pedras. Um dos utensílios que devemos ter é um afiador de anzóis (a Rapala tem uma gama bastante interessante);

  4. O anzol deve ter uma cor neutra, tipo branco sujo ou cinzento sem brilho, para que se assemelhe às barbatanas dos peixes;

  5. O anzol deve ser leve para não desequilibrar a amostra, um muito pesado irá dar à amostra um trabalhar menos natural.

A velocidade de recuperação

A velocidade de recuperação é um elemento fundamental na pesca do corrico, tanto mais que o robalo não é um peixe que aprecie sobremaneira as correrias e como tal não irá atacar uma amostra que passe demasiado rápido pelo seu campo de acção. A definição da velocidade de recuperação é dos aspectos mais intuitivos desta técnica e apenas com a experiência vamos adquirindo a sensibilidade e o tacto para encontrar a melhor velocidade para as condições em que pescamos.

Devemos ter igualmente em consideração o fundo em que pescamos. Se estivermos numa praia de areia, podemos “brincar” mais com a recuperação, levando a amostra a bater no fundo, parando e depois voltando a recuperar. Uma recuperação muito lenta seguida de momentos mais rápidos produz resultados muito efectivos, porque muitas vezes o robalo vem a perseguir a amostra e só a ataca quando esta, por via do seu comportamento ou de alguma coisa provocada pelo pescador, lhe provoca os instintos. Quantas vezes não temos os toques quando aceleramos para retirar a amostra da água? Ou então quando paramos de recuperar e depois iniciamos uma recuperação rápida durante uns segundos? Em zonas de rocha temos de ter uma recuperação mais rápida senão corremos o risco de perder muito material, mas em algumas ocasiões esse risco acaba por compensar, pois os grandes exemplares estão em zonas rochosas, em caneiros que levam na corrente alimento. Devemos procurar então um meio- termo, indo pesquisando o fundo e percebendo onde podemos recuperar mais lentamente. Uma boa solução será passear pelas praias nas marés vazias, especialmente naquelas de lua, que permitem adquirir uma excelente perspectiva das rochas existentes. Um outro truque, algo mais difícil, é procurar, junto dos mergulhadores, informações sobre as regiões. Podem estar certos que as dicas deles serão fabulosas para saber onde poderá estar o peixe. Nada dá mais prazer do que conseguir perceber o fundo em que pescamos e conseguir imaginar onde o peixe irá mais naturalmente picar e isso acontecer na realidade. Levar um robalo a picar pela acção da amostra, da velocidade da recuperação, pela acção da cana, é uma sensação única que nos permite dizer com alguma propriedade que o corrico, não é, como alguns referem, pouco mais do que lançar uma amostra para dentro de água e ir recuperando até que alguma coisa pique. A sensação de tirar um robalo de 4 kgs, numa praia ao fim da tarde, num momento em que estamos apenas nós e o mar, é algo que aconselho a qualquer pescador… trabalhar o peixe e depois apreciar a nossa recompensa ali na areia é uma verdadeira arte!

A cor das amostras no buldo e corrico

As cores das amostras são as mais variadas e a sua utilização e escolha depende de vários factores, de entre os quais podemos destacar a tonalidade da água, o estado do mar e do tempo, a hora do dia e a zona em que pescamos. As cores sofrem a influência da luz solar filtrada pela água do mar e isso significa que em muitas ocasiões as cores que as amostras apresentam fora de água poderão não ser exactamente aquelas que terão dentro de água. Essa escolha depende ainda da própria intuição do pescador para a utilização de determinada amostra. Não devemos pescar sempre com as cores tradicionais nem com as amostras que os outros pescadores possam estar a utilizar. Não são raras as vezes em conseguimos boas capturas com aquelas amostras com que seria menos provável apanhar peixe.

Tendo em conta o que foi dito antes e alguns conselhos dos “profissionais” do corrico, podemos tentar estas combinações:


- Águas abertas e dias de sol pedem amostras claras, com brilhantes ou transparentes;
- Águas esverdeadas: amostras verdes;
- Águas frias:azuis;
- Mar mexido e dias de sol pedem amostras florescentes;
- Águas abertas e céu nublado pedem amostras brancas;
- Águas tapadas e céu nublado pedem amostras mais escuras ou cores mais agressivas (violeta; verde escuro
- Águas mexidas e céu nublado pedem amostras florescentes;
- Ao nascer do dia, ao por do sol e à noite, as amostras devem ser escuras (as vermelhas opacas são excelentes nestes momentos) ou florescentes.

Saltiga a dar cartas


Mais um bicho apanhado com a Daiwa Saltiga Minnow Laser Sardine e com a Lucky Craft LCF de 2.90 e o Magnesia 4000 da Cormoran. A foto foi tirada em casa, porque me esqueci da máquina. O peixe pesou 1.8 kg e foi comido na sexta-feira escalado. Estava uma delícia.
Boas pescas para todos.

sexta-feira, julho 13, 2007

Cerro da Fontinha

Hoje apetece-me falar de um sítio onde passei um excelente fim de semana, o Cerro da Fontinha (http://www.cerrodafontinha.com), um eco-turismo de grande qualidade, no Brejão bem perto da Zambujeira do Mar. Para quem gosta do contacto da natureza, da hospitalidade natural daquelas gentes e da paz de espírito proporcionada pelo silêncio do campo, esta é uma boa alternativa aos tradicionais locais que costumamos eleger para as nossas férias.


Para além disso, e excelente para nós pescadores, tem um lago com muitos e bons achigãs que permite, para quem gosta, momentos muito agradaveis e entusiasmantes para toda a família, mesmo para os mais pequenitos que podem descobrir aqui os prazeres da pesca e começar a interessar-se por uma actividade lúdica apaixonante e entusiasmante

para o resto das suas vidas. Os meus filhotes adoraram, especialmente a minha mais velha que passou os dias a pescar no lago, tendo tido mesmo o melhor peixe do fim de semana, um achigã a rondar os dois quilos. Foi um momento fantástico que ela certamente não esquecerá tão depressa. Até o mais pequeno, apanhou um belo peixe, obviamente com a minha ajuda, mas mesmo assim a recuperar sozinho...



Para quem gosta de praia tem a excelente zona da Zambujeira, com uma costa lindissima, podendo optar pela Praia do Carvalhal, excelente na maré vazia para brincar com os miúdos, ou por muitas outras a descobrir. Os fins de tarde nas esplanadas da Zambujeira a petiscar uns percebes regados com umas imperiais fresquinhas são divinais...





De Lisboa: siga pela A2 saída nº10 Beja, de seguida Algarve pela IC1, depois de 42km à direita direcção Odemira/Oeste pela N263, em Odemira siga direcção Lagos, 6km depois de S.Teotónio à direita para Brejão, 300mt à sua esquerda Cerro da Fontinha vire aí, e encontra-nos um pouco mais à frente, à sua direita.



De Faro: siga pela A22(IP1) até Lagos, depois pela N120 passando por Aljezur direcção S.Teotónio, a 5km depois de passar a ponte onde começa o Alentejo vire à sua esquerda direcção Brejão/Praia do Carvalhal e siga como indicado acima.


Deixo-vos esta sugestão para uns dias bem passados...

segunda-feira, julho 09, 2007

Super Spook

Este pencilbait da Heddon tem vindo a evoluir nos últimos anos mantendo-se sempre no topo das preferências dos pescadores. A versão actual, apesar de algo "rústica" de aparência é bastante sólida e muito efectiva dentro de água, continuando a apaixonar todos aqueles que a usam nas suas sessões de spinning.
A Super Spook é extremamente fácil de animar, residindo aí com toda a certeza um dos grandes segredos do seu sucesso, mesmo por pescadores que se estão iniciar nesta modalidade de pesca ao mesmo tempo que continua a despertar nos predadores grande interesse, muito especialmente nos robalos que a acham irresistivel mesmo depois de todo este tempo.
O seu peso de 26 g para um comprimento de 12.5 cm permite, por um lado, longos lançamentos e, por outro, uma grande visibilidade dentro de água, o que é fundamental para uma amostra de superficie e para todos os que pescam a partir de terra.


A Super Spook pode também ser utilizada como teaser, ou excitador, devido ao seu tamanho e ao ruído que produz, conseguindo com sucesso atrair os robalos de um sector de pesca. Acontece mesmo que, por vezes, quando o mar está mais calmo, não acontecerem ataques à superfície, mas a utilização desta amostra abrir caminho para a aposta em outras amostras que poderão então desencadear os ataques.


Fonte: Peche en Mer

segunda-feira, julho 02, 2007

Pescas de sábado à noite

Sábado depois de passar a manhã e parte da tarde com os miúdos no "Meu 1.º Festival", em Oeiras, depois de passar pela Decathlon e ainda ir ao IKEA, cheguei a Alcobaça por volta das 20:30. Jantei e peguei nas coisas e fui fazer fazer uns lançamentos com uns amigos do Pesca Desportiva. O mar tinha tido uma quebra mas já estava a crescer novamente. O vento moderado a forte de norte que tinha estado durante toda a semana acalmou e a noite estava impecavel. Chegados ao pesqueiro a maré estava a começar a subir e tinha sido informado pelo Mário Rodrigues de que as águas estavam tapadas e não tinha saído peixe. Ele tinha estado a pescar desde as 18:00. O meu "cantinho" estava vago e optei por pescar com amostras que afundassem pouco, escolhendo para começar a Maria Amnis. O mar estava com força e tornava-se complicado animar a amostra e decidi mudar para a Daiwa Saltiga Laser Sardine, uma amostra que afunda muito pouco tornando-se muito efectiva nestes momentos de maré mais baixa. Em boa hora o fiz pois tive logo um ataque ferrando o primeiro da noite. Um robalo a passar o quilo que deu para animar. Entretanto, ao lado saiu mais um na amostra do Ricardo e eu consegui passado meia duzia de lançamentos ferrar o maior da noite, um bicho com 1.6 kg. Entretanto o mar começava a ter cada vez mais força traduzida nuns enchios de traquejo que varriam a praia enquanto que começava a cair uma chuva que nos levou a voltar para casa.




Foi uma jornada que me deixou muito contente apesar de não ter tirado peixe muito grande pois permitiu-me ganhar muita confiança na praia em que pesquei e na possibilidade de tirar uns bons robalos ao spinning nas minhas zonas de pesca. Por outro lado, foi a estreia da Saltiga nas minhas mãos e foi a estreia do Tica Taurus 4000 a tirar peixe também. Em pouco mais de uma hora matei o vicio e arranjei um belo jantar para o Domingo, como podem comprovar aqui pela foto que vos deixo. Um robalo assado no forno com umas belas batatinhas e cebolinha. Como diz o meu João Maria... "nhammm nhammm que bom"!!!


P.S. Desculpem a qualidade da foto mas era de noite e o telemovel nao tinha flash.

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