quarta-feira, maio 12, 2010

Consolidação de Conhecimentos

Na pesca com amostras artificiais, seja qual for a sua vertente, apenas depois de muitas experiências, de muitas sessões de tentativa e erro é que se consegue alcançar a tão difícil regularidade a nível de capturas, regularidade essa que é sempre imprevisível.
Afinal, a pesca desportiva é tudo menos uma "ciência" exacta, e até mesmo os mais experientes e com muitas horas a lançar amostras obtêm os resultados inversos às suas expectativas, sejam elas boas ou más.
Falando em experiências e aprendizagens, o ano passado foi bastante rico em ambas, ontem tive tempo livre e decidi ir fazer duas coisas diferentes:

1º - Testar um possível pesqueiro novo o qual já me tinha chamado a atenção.
2º - Testar a sensibilidade da minha nova aquisição, uma Gloomis SJR 783 MH 6'6'' IMX, em acção de pesca nocturna.

O pesqueiro escolhido é uma zona bastante baixa, com cerca de 1,5 metros de altura na máre vazia (no máximo) mas de corrente aceitável.
Nunca lá tinha pescado, mas sabia de antemão, pelos relatos dos vários pescadores de surfcasting que lá estavam, que por vezes saíam por ali uns robalos e uma ou outra corvinota.

Comecei uma pesca lenta de prospecção, com animações que através da experiência aprendi que são bastante eficazes especialmente para as corvinas (em relação a essas animações especificas, ficará para mais tarde :) ), montando um shad Powerbait da Berkley e um cabeçote articulado da Owner de 10 gramas, que promove uma natação bastante errática e maximiza ainda mais as vibrações emitidas pelo vinil.

A sensibilidade do carbono IMX da Gloomis é sem dúvida bastante boa, para além do lançamento ser excelente, conseguia sentir na perfeição a amostra a trabalhar e a tocar no fundo, distinguindo lodo de pedra sem qualquer dificuldade.

Batendo a zona em leque ao fim de cerca de 6 ou 7 lançamentos sinto um toque franco e faço o movimento de ferragem, no qual a acção rápida da cana ajuda bastante.
Ferro o adversário que estava no outro lado da linha e este rapidamente começa uma corrida longa e forte, típica de uma espécie...

Estava a pescar com o meu velhinho Daiwa Emblem-S 2500 por ser leve, para não desiquilibrar a cana.
O drag estava ao rubro, fechado rés vés ao que o Fireline 0,17 e o baixo de Seaguar AbrazX 0.33 mm pode suster com segurança.

A luta foi emocionante e é sempre óptimo sentir a adrenalina ao lutar com um bicho que ameaçava ser de boas dimensões.

Corridas longas e fortes, com o drag a apitar à séria, seguidas de paragens bem coladas ao fundo.

Mas os minutos foram passando e o meu adversário foi-se cansando aos poucos, quando parava rapidamente tentava "bombear" o peixe para cima.
No entanto a brincadeira correu sérios riscos de dar para o torto quando o peixe já estava bem da margem, teimava em embicar para uma série de rochas submersas, com calma, trabalho de cana e carreto e alguma sorte à mistura lá se evitou que roçasse de vez numa rocha.

Por vim o bicho veio ao de cima, e revelou-se ser este bonito animal:


Pesou 13 kilos e picos, e estava em boa forma.


Aproveito para agradecer ao Sr. Carlos, pescador de surfcasting que estava por lá, pelas fotografias que tirou.




A ferragem foi bastante eficaz, ficando o anzol cravado mesmo no "osso", a rapidez da cana juntamente com o movimento de ferragem e a qualidade do anzol todos contribuiram para o sucesso.

Mais uma vez fica demonstrado que aplicar conhecimentos aprendidos através da experiência em novos pesqueiros por vezes dá resultados, claro que para isso é preciso tempo à borda de água e muitas grades pelo meio, mas mais uma vez sobre as animações específicas e material, ficará para outro post!

Até ao próximo lance! Haja tempo para pescar!


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