- Uma palheta pouco inclinada e longa fará a amostra afundar profundamente. Se essa amostra for curta (como por exemplo um crankbait) o seu corpo não terá grande influência nesse movimento e a descida será rápida até à profundidade máxima que cada amostra está preparada para atingir. Se ao invés, estivermos perante uma amostra de corpo longo vai verificar-se mais resistência a essa descida demorando a amostra mais tempo para alcançar a sua profundidade máxima. Isto significa em termos práticos que com um crankbait podemos efectuar lançamentos mais curtos, pescando mais fundo mesmo perto da margem enquanto que um minnow teremos de lançar mais longe para que a amostre trabalhe a mais profundidade.
- Quanto mais larga for a palheta de uma amostra mais lentamente esta se irá deslocar dentro de água, mas produzindo um efeito de tracção mais acentuado (que se irá sentir na cana e nos braços) enquanto que uma palheta mais estreita fez a amostra nadar mais rápido e tem naturalmente uma influência menor na cana.
Estas são apenas algumas ideias genéricas que deixo e que poderão ser úteis a quem se inicia nesta modalidade e tem de escolher de entre a enorme panóplia de amostras aquelas mais indicadas ao pesqueiro onde as irá lançar.










O Ricardo com os seus dois de 3.5 kg












Mais uma vez a experiência faz o pescador e a diferença faz-se pela sua capacidade de conseguir entender o mar e os peixes e antever a que horas ele estará mais disponível. A única verdade que temos aprendido ao longo de todos estes anos a corricar é que quem não vai à pesca não apanha peixe e as melhores horas são geralmente aquelas menos procuradas pela maior parte dos pescadores. Os melhores corricadores são sempre os mais persistentes e dedicados. Aqueles que podem passar uma noite toda a fazer lançamentos para numa meia hora final fazerem a sua pesca mesmo depois de todos os outros terem desistido. 


Nada dá mais prazer do que conseguir perceber o fundo em que pescamos e conseguir imaginar onde o peixe irá mais naturalmente picar e isso acontecer na realidade. Levar um robalo a picar pela acção da amostra, da velocidade da recuperação, pela acção da cana, é uma sensação única que nos permite dizer com alguma propriedade que o corrico, não é, como alguns referem, pouco mais do que lançar uma amostra para dentro de água e ir recuperando até que alguma coisa pique. A sensação de tirar um robalo de 4 kgs, numa praia ao fim da tarde, num momento em que estamos apenas nós e o mar, é algo que aconselho a qualquer pescador… trabalhar o peixe e depois apreciar a nossa recompensa ali na areia é uma verdadeira arte!








